Estou organizando os textos ainda, logo concluo, publico e coloco as referências. Aguarde e mande sugestões! =)
Anne Sullivan
http://wn.com/Anne_Sullivan |
Anne Sullivan, Annie Sullivan, ou Johanna Mansfield Sullivan Macy, (Feeding Hills, Massachusetts, 14 de abril de 1866 – Nova Iorque, 20 de outubro de 1936) foi uma educadora estadunidense, mais conhecida por ter sido a professora de Helen Keller, uma adolescente surda-cega a quem ensinou por meio da Língua de sinais através do tato.
Anne Sullivan também era deficiente; havia sido quase cega, mas depois de duas operações, recuperou alguns graus da visão.
Anne foi filha dos fazendeiros imigrantes irlandêses Thomas Sullivan e Alice Cloesy. Ela tinha um irmão chmada Jimmie, que contraiu tuberculose. Quando cresceu, Anne foi vítima da pobreza e de abuso físico por seu pai alcóolico e aos cinco anos ela contraiu tracoma que quase a levou a cegueira. Dois anos depois, sua mãe morreu e seu pai abandonou a ela e seu irmão em um orfanato em Tewksbury onde seu irmão morreu em pouco tempo.
Apesar de ser deixada em um orfanato com poucas condições de educação formal, Anne Sullivan prosperou. Quando o presidente da secretaria estadual de instituições de caridade Frank Sanborn, visitou o orfanato de Tewksbury, Anne literalmente se jogou aos seus pés e chorando pediu: " Sr. Sanborn, eu quero ir a escola."
Depois de recuperar sua visão de uma série de operações e de se graduar como a oradora da sala em 1886 no Instituto Perkins para Cegos, ela começou sua longa carreira como professora de Helen Keller. Quando a senhorita Sullivan chegou, Helen tinha sete anos e era completamente indisciplinada. A senhorita Sullivan começou suas aulas a partir da obediência e do alfabeto Braille. Todos que entraram em contato com Anne Sullivan se surpeenderam com a facilidade de comunicação e ensino para Helen e com o aprendizado avançado da aluna em relação a outros alunos cegos e surdos mais adiantados do que ela.
Alexander Graham Bell, Andrew Carnegie, Henry H. Rogers e John Spaulding foram apenas alguns dos que as encontraram e as apoiaram. Ao longo do tempo, muitos duvidaram das intenções de Anne Sullivan como professora de Helen. Achavam que ela queria controlar Helen Keller. Após Helen se formar, a senhorita Sullivan continuou a acompanhá-la em suas viagens e palestras. Quando Helen se formou em Radcliffe, Anne se casou com um joven instrutor de Harvard, John Albert Macy em 1905. Os três viveram juntos até 1912 quado os Macy se separaram. Anne e Helen tinham uma grande demanda de palestras para arrecadar fundos para a Fundação Americana para Cegos.
Charles-Michel de l'Épée
http://fr.wikipedia.org/wiki/Fichier:Charles-Michel_de_L%27%C3%89p%C3%A9e.jpg |
O Abade Charles-Michel de l'Épée (Versalhes, 25 de Novembro de 1712, em Versailles — Paris, 23 de Dezembro de 1789) foi um educador filantrópico francês do século XVIII, que ficou conhecido como "Pai dos surdos".
Charles-Michel de l'Épée nasceu numa família abastada em Versailles, que era na altura o mais poderoso reino da Europa. Estudou para ser padre católico, mas foi-lhe negada a ordenação, em resultado da sua recusa em negar o Jansenismo, um popular movimento de reforma religiosa da época. Então, estudou direito, mas pouco depois foi designado abade.lÉpée voltou a sua atenção para obras de caridade para os pobres, e uma altura, numa zona pobre de Paris, teve oportunidade de encontrar duas jovens irmãs, surdas, que se comunicavam através da língua gestual (ou língua de sinais, como é chamada no Brasil). Épée decidiu, então, dedicar-se à salvação dos surdos e, em meados na década de 1750, fundou um abrigo, que ele próprio sustentava a nível particular e privado. Em consequência das teorias filosóficas que emergiam na época, Épée veio a acreditar que os surdos são capazes de possuir linguagem, concluindo assim que eles podem receber os sacramentos e evitar ir para o Inferno. Começou a desenvolver um sistema de instrução da língua francesa e religião. Nos primeiros anos da década de 1760, o seu abrigo tornou-se a primeira escola de surdos, a nível mundial, aberta ao público.
Embora o seu interesse principal fosse a educação religiosa dos surdos, a sua advocacia e o desenvolvimento do francês gestual permitiram aos surdos, pela primeira vez, defender-se em tribunal, legalmente.
Principais contributos
- Criação do Instituto nacional de Surdos-mudos, em Paris - a primeira escola de surdos do mundo.
- Atribuição do estatuto de ser humano, ao surdo.
- Passagem da educação individual para a coletiva.
- Tentar ensinar o surdo a falar é perda de tempo - deve-se usar esse tempo ensinando ao surdo a língua gestual.
- Demonstrações sobre a língua gestual aos nobres, filósofos e educadores da época, mostrando o valor e a riqueza da mesma.
Emmanuelle Laborit
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Emmanuelle Laborit, nascida em 18 de Outubro de 1971, é uma atriz francesa e diretora do Teatro Visual Internacional.
Nascida surda, Emmanuelle Laborit é neta do cientista Henri Laborit (1914-1995). Só conheceu a língua gestual aos 7 anos, ensinando-a rapidamente à sua irmã, que assim se tornou sua confidente.
Antes de aprender a Língua Gestual Francesa, ela apenas comunicava com sua mãe : tinham uma comunicação "umbilical".
O seu livro autobiográfico O grito da gaivota, escrito em 1993, retrata as suas lembranças de infância, sua difícil adolescência e o início da sua idade adulta autônoma, assim como o seu percurso.
Venceu o prémio Molière da revelação teatral, em 1993, pelo seu papel em Filhos de um deus menor, adaptado da peça estadunidense com o mesmo nome, escrita por Mark Medoff: ela é a primeira comediante Surda a receber, em França, tal reconhecimento. Tornou-se ainda a embaixatriz da Língua Gestual Francesa.
É membro do comité de patrocínio da Coligação Francesa para a Década da cultura da paz e da não-violência.
Helen Keller
Helen Adams Keller (Tuscumbia, 27 de junho de 1880 — Westport, 1 de junho de 1968) foi uma escritora, conferencista e ativista social estadunidense.
Nascida no Alabama, ela provou que deficiências sensoriais não impedem a obtenção do sucesso. Helen Keller ficou cega e surda, desde tenra idade, devido a uma doença diagnosticada na época como "febre cerebral" (hoje acredita-se que tenha sido escarlatina). Ela sentia as ondulações dos pássaros através dos cascos e galhos das árvores de algum parque por onde ela passeava.
Tornou-se uma célebre escritora, filósofa e conferencista, uma personagem famosa pelo extenso trabalho que desenvolveu em favor das pessoas com deficiência. Anne Sullivan foi sua professora, companheira e protetora. A história do encontro entre as duas é contada na peça The Miracle Worker, de William Gibson, que virou o filme O Milagre de Anne Sullivan, em 1962, dirigido por Arthur Penn (em Portugal, O Milagre de Helen Keller)...
Em 1904 graduou-se bacharel em filosofia pelo Radcliffe College, instituição que a agraciou com o prêmio Destaque a Aluno, no aniversário de cinquenta anos de sua formatura. Falava os idiomas francês, latim e alemão. Ao longo da vida foi agraciada com títulos e diplomas honorários de diversas instituições, como a universidade de Harvard e universidades da Escócia, Alemanha, Índia e África do Sul. Em 1952 foi nomeada Cavaleiro da Legião de Honra da França. Foi condecorada com a Ordem do Cruzeiro do Sul, no Brasil, com a do Tesouro Sagrado, no Japão, dentre outras. Foi membro honorário de várias sociedades científicas e organizações filantrópicas nos cinco continentes.
Em 1902 estreou na literatura publicando sua autobiografia A História da Minha Vida. Depois iniciou a carreira no jornalismo, escrevendo artigos no Ladies Home Journal. A partir de então não parou de escrever.
Nunca se deve engatinhar quando o impulso é voar
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— Helen Keller
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Publicações
Otimismo - um ensaio
A Canção do Muro de Pedra
O Mundo em que Vivo
Lutando Contra as Trevas
A Minha Vida de Mulher
Paz no Crepúsculo
Dedicação de Uma Vida
A Porta Aberta
A história de minha vida
Juan Pablo Bonet

Juan Pablo Bonet (1573–1633) foi um padre espanhol, educador e pioneiro na educação de surdos.
Bonet publicou o primeiro livro sobre a educação dos surdos em 1620, em Madrid, com o título Redução das Letras e Arte de Ensinar a Falar os Mudos. Foi educador de Luís Velasco, um surdo, filho de Juan Fernandez Velasco, Condestável de Castela, para quem Bonet era secretário particular.
O seu método, ao ensinar surdos, explicava que seria mais fácil ensinar o surdo a ler, se fosse usado um alfabeto manual (dactilologia). Um desses alfabetos já existia há cerca de 30 anos. No entanto, apesar do uso do alfabeto manual, Bonet proibia o uso da língua de sinais.
O Livro de Bonet atraiu as atenções de intelectuais europeus para a causa dos surdos, como por exemplo Jacob Rodrigues Pereira, Amman e Wallis.
Pedro Ponce de León

O espanhol Pedro Ponce de León (1520 - 1584) foi um monge beneditino que recebeu créditos como o primeiro professor para surdos. Ponce de León estabeleceu uma escola para surdos no Mosteiro de San Salvador em Oña Burgos. Seus escassos alunos eram todos crianças surdas, filhos de aristocratas ricos que tinham recursos para o confidenciar-lhe estes tutorados.
Seu trabalho com crianças surdas focalizou em ajudá-las aprender como escrever a língua. Instruiu as crianças na escrita e em gestos simples com um alfabeto bimanual.Ponce de León não se tornou conhecido por desenvolver um trabalho com língua de sinais. Ponce de León teria desenvolvido um alfabeto manual que permitia ao estudante que aprendesse a soletrar (letra por letra) toda a palavra. Os pesquisadores modernos analisam se este alfabeto foi baseado, integralmente ou em parte, em simples gestos com as duas mãos. O alfabeto unimanual publicado por Juan de Pablo Bonet em 1620 foi distinto do alfabeto bimanual usado por Ponce de León.
O trabalho de Ponce de León com os surdos foi considerado de grande importância por seus contemporâneos. A maioria dos europeus no século XVI, acreditava que os surdos eram incapazes de serem educados. Muitos acreditavam que os surdos nem mesmo poderiam ser educados como cristãos, deixando-os à margem da sociedade.
Sueli Ramalho
Sueli Ramalho Segala (Rio de Janeiro, 1964) é uma atriz, escritora, professora de línguas e intérprete brasileira. Coordena o Departamento de LIBRAS numa universidade em São Paulo, no Brasil, faz trabalhos de intérprete em fóruns de congressos. É surda e poliglota em 32 línguas de sinais.
Sueli nasceu no seio de uma família de surdos (mais de 30 pessoas da família, quer paterna, quer materna, são surdos). É surda de perda bilateral profunda, de nascença.
Quando criança, achava que o mundo era deficiente, em oposição à sua própria casa, onde todos eram normais. Sendo a Libras a sua língua materna, na rua, ficava com dó das outras crianças, pois elas não falavam com as mãos. Os pais lhe diziam: não falam com as mãos porque ouvem (apontavam para o ouvido), mas Sueli achava (como é comum a crianças com surdez profunda de nascença) que ouvido não tinha função a não ser a de pendurar o brinco, pois o surdo profundo não entende o conceito de som, sendo que apenas sente vibrações. Ensinava às amigas o alfabeto de sinais, para poderem se entender. Assim aprendeu que todas as coisas têm nome (para os surdos, todas as coisas têm um sinal, ou nome gestual).
Os pais, que trabalhavam numa Associação de Surdos, ao verem que a menina tinha talento para lidar com a língua oral, colocaram-na, aos quatro anos, a dar aulas de língua portuguesa aos surdos, nessa mesma associação.
Os pais de Sueli eram surdos, sua mãe frequentou o INES, a primeira escola, no Rio de Janeiro, para onde vinham todos os surdos, de todos os estados, com sinais diferentes, o que fazia com que aprender sinais diferentes fosse relativamente simples. Seu pai era pintor de quadros, em São Paulo, que na época era um ponto turístico para onde vinham surdos dos outros países, ficavam em casa de Sueli, o que dava origem a um intercâmbio linguístico. A avó de Sueli era italiana, pelo que lhe possibilitou também aprender outra língua de sinais.
Proveniente de uma família que não acredita em preconceito, apenas em falta de informação, Sueli, desde muito jovem, se integrou tanto na comunidade surda, como na ouvinte. Fala corretamente em português oral, chegando ao ponto de muita gente não saber que ela é surda, pensando que é estrangeira, ou tem língua presa, ou que está afônica, o que é incomum em pessoas surdas. Começou a falar apenas aos 17 anos.
Thomas Hopkins Gallaudet
Thomas Hopkins Gallaudet (Filadélfia, 10 de dezembro de 1787 — 1851) foi um educador estadunidense, pioneiro no ensino a surdos.
Muito jovem, em 1805, iniciou os estudos universitários em Yale, onde se formou como predicador. Logo começou os estudos de Direito. Em 1814 Gallaudet estava a ponto de começar sua carreira religiosa, quando, durante umas férias na casa de seus pais, na cidade de Hartford, um encontro casual com uma menina surda o convenceu que sua vocação estava em outra parte.
Alice Cogswell, como se chamava a menina surda, permanecia isolada das demais crianças. Isso chamou a atenção de Gallaudet que, aproximando-se dela, tratou, por diversos meios, de estabelecer uma comunicação. Desenhou e apontou para coisas distintas, para fazer com que ela relacionasse a palavra "chapéu" a estes objetos. Logo a mostrou como escrever seu próprio nome. O resultado desse experimento mudou a vida de Gallaudet que, a partir de então, decidiu dedicar-se ao ensino dos surdos. Nesse tempo não existia nos Estados Unidos ninguém que se dedicasse a esse trabalho.
Gallaudet começou a averiguar, junto ao pai de Alice, acerca dos métodos de ensino para os surdos em outros países. Soube que na França e na Inglaterra havia uma tradição a respeito. A partir daqui surgiu seu projeto de uma viagem à Europa, a fim de reunir informações detalhadas sobre a metodologia daquelas escolas, com o propósito de fundar uma escola própria em Hartford.
A viagem à Inglaterra aconteceu em 1816. Resultou em um fracasso, pois os educadores nesse país, da escola londrina Braidwood impuseram demandas muito altas para divulgar seus métodos de trabalho, já que consideravam importante mantê-los em segredo. Gallaudet decidiu então tentar a sorte na França. Contudo, antes de sua partida, Gallaudet entrou em contato com três educadores franceses, o abade Roch Ambroise Sicard, e dois de seus auxiliares surdos, Jean Massieau e Laurent Clerc. Eles viajavam pela Inglaterra para mostrar seus métodos de ensino de surdos. O método francês se baseava no uso de senhas e na escrita, o que o diferenciava do inglês.
Gallaudet concordou em visitar a escola dos mestres franceses em Paris. Lá passou dois meses com eles, aprendendo a língua dos surdos franceses e os métodos de trabalho da escola. Laurent Clerc decidiu viajar aos Estados Unidos com Gallaudet, para ajudá-lo em seu projeto.
Em 1817, já de volta a Hartford, Gallaudet e Clerc abriram as portas da primeira escola para surdos dos Estados unidos, a American School for the Deaf. Em 1830, quando Gallaudet decidiu se retirar, já havia escolas para surdos em outras quatro cidades desse país, nos estados de Nova York, Pensilvânia, Kentucky e Ohio. Uma geração de estudantes surdos com uma língua comum, que depois ficou conhecida como American Sign Language (ASL), já era capaz de ler e escrever em inglês, o que foi um resultado desse projeto.
Depois de se retirar, Gallaudet dedicou-se a escrever e a ensinar. Muitos de seus escritos falam da educação de surdos e da língua de sinais. Gallaudet morreu em 1851. Para muitos surdos norte-americanos, Thomas Hopkins Gallaudet é considerado o pai da ASL. Esta versão não é de aspecto místico. Não é possível saber que sistema de comunicação havia entre os surdos dos Estados Unidos antes da aparição das escolas de surdos. De qualquer maneira, é evidente o papel unificador que tiveram estas, e a marcante influência que a Língua de Sinais Francesa tem sobre a ASL.
Depois da morte de Thomas H. Gallaudet, um de seus filhos, Edward Miner Gallaudet, participou da fundação do primeiro colégio universitário para surdos, que em honra a seu pai foi chamadoGallaudet School. Esta instituição, fundada em 1857, deu origem à Universidade Gallaudet, localizada na cidade de Washington DC, e que hoje é a única instituição de estudos superiores do mundo para pessoas surdas. A língua oficial da universidade é a ASL.
William Stokoe
Dr. William C. Stokoe, Jr. (1919 - 2000) foi um estudioso, que pesquisou extensivamente Língua Gestual Americana enquanto trabalhava na Universidade Gallaudet.
De 1955 a 1970 trabalhou como professor e chefe do departamento de inglês, na Universidade Gallaudet. Publicou Estrutura da Língua Gestual e foi co-autor de Um Dicionário de Língua Gestual Americana sobre Princípios Linguísticos (1965).
Através da publicação de sua obra, ele foi fundamental na mudança da percepção da ASL de uma versão simplificada ou incompleta do inglês para o de uma complexa e próspera língua natural, com uma sintaxe e gramática independentes, funcionais e poderosas como qualquer língua falada no mundo. Ele levantou o prestígio da ASL nos círculos académicos e pedagógicos.
Criando o sistema escrito para a Língua Gestual Americana
Stokoe inventou uma escrita para a língua gestual (agora chamado notação Stokoe), já que a ASL não tinha escrita, no momento. Diferentemente da escrita gestualizada, que foi desenvolvida mais tarde, não é pictográfica, mas chamou baseada no alfabeto latino.
Francisco Lima Junior
Florianópolis, 01/06 1928, nasceu surdo. Primeiro professor surdo de Santa Catarina Estudou no Instituto Nacional dos Surdos Mudos, no Rio de Janeiro e no Instituto Paulista de Surdos entre 1937 a 1946.
Professor Francisco foi eleito, em São Paulo, delegado nacional para a organização dos surdos na Região Sul, o que o levou a fundar, com seus colegas, em Santa Catarina, o Círculo de Surdos-Mudos.
Em 1961, articulou, com o então governador Celso Ramos, a criação, em Florianópolis, do primeiro espaço educacional para surdos em Santa Catarina, o qual foi estruturado na Escola Celso Ramos. Para ensinar a seus quinze alunos, o professor Francisco elaborou uma proposta pedagógica que tinha como objetivo principal ensinar a língua de sinais e propiciar aos surdos o acesso à leitura e à escrita na língua portuguesa.